sexta-feira, 26 de agosto de 2011
Uma das minhas fascinações
Depois de muito tempo fotografando, percebi que tinha uma certa fascinação por congelar a àgua.
Gostava de tentar registrar as formas que ela ganha quando é congelada.
Neste dia, o Sol estava realmente disposto a dar sua contribuição, já que para o congelamento dar certo, é necessária alta velocidade. Um flash sempre é bem vindo. (Nem precisou, com tanta luz)
Hoje, quando olho para esta foto, me arrependo por não ter deixado o obturador mais lento e assim ter evitado o congelamento da imagem. Lembra do meu problema acima? Pois é, eu tinha esta mania de congelar água. Para garantir alta velocidade, utilizei ISO 800.
Fotografando e aprendendo...
O que se pode fazer com luz ambiente
Às vezes, a Luz parece ter personalidade.
E ela está à nossa volta, abençoando-nos com uma dádiva de cores e formatos.
A beleza com a qual ela revela os menores conjuntos de detalhes hipnotiza e arrebata.
Vejam só o que se faz com uma regulagem considerável da câmera e um ralo de pia!!
A Gota
Esta foto marca o dia em que eu troquei meu "flashzinho" pelo recém lançado, na época, Canon Speedite 580EX II.
Um teste simples de flash; fotografei uma gota dágua pingando da torneira na pia de meu banheiro.
O resultado acabou sendo um interessante fundo de tela, outro segmento com o qual passei a trabalhar.
Um teste simples de flash; fotografei uma gota dágua pingando da torneira na pia de meu banheiro.
O resultado acabou sendo um interessante fundo de tela, outro segmento com o qual passei a trabalhar.
Espelho
As pessoas costumam dizer que gostam dessa foto, mas eu ainda era muito inexperiente quando a fiz.
Usei um ISO 100, apesar da pouca luz. Realmente não sei (e nem me lembro) como segurei um 1/8.
O lugar merecia um tripé e diferentes exposições, não concordam?
"A Pintura é uma Poesia silenciosa...e a Poesia é uma Pintura que fala". Simônides
Uma foto como ela é
Essa eu gosto dela como ela é.
Não foi utilizado nenhum recurso de Photoshop além do Crop.
Na minha opinião, esta foto "saiu pronta".
O momento exato
Por vezes, me sinto um caçador.
O fotógrafo precisa ter na alma o espírito de caçador. É necessário antever os movimentos da presa, prever suas reações, aguardar pelo momento exato.
Este pardal encontrava-se no telhado do vizinho. Sabia que cedo ou tarde ele voaria e fiquei esperando. No modo AV usei F4.0 e a câmera me deu 1/1600. Congelou o pássaro mesmo sem flash. Faltou uma lente mais longa, fato. Mas não poderia perder aquela oportunidade. Se estivesse com a Canon EF 70-200mm f/2.8L IS II USM a história seria outra. Depois coloco aqui no blog uma que fiz com esta lente...me cobrem isso
O fotógrafo precisa ter na alma o espírito de caçador. É necessário antever os movimentos da presa, prever suas reações, aguardar pelo momento exato.
Este pardal encontrava-se no telhado do vizinho. Sabia que cedo ou tarde ele voaria e fiquei esperando. No modo AV usei F4.0 e a câmera me deu 1/1600. Congelou o pássaro mesmo sem flash. Faltou uma lente mais longa, fato. Mas não poderia perder aquela oportunidade. Se estivesse com a Canon EF 70-200mm f/2.8L IS II USM a história seria outra. Depois coloco aqui no blog uma que fiz com esta lente...me cobrem isso
Uma rara sorte...
Havia acabado de chegar à praia de Ubatuba e o Sol já não estava mais disposto a colaborar. Permaneci sentado na areia com a câmera na mochila admirando o fim do dia e de repente, essa Gaivota teve a mesma idéia que eu.
Segundos depois de clicada, ela partiu. As interpretações são livres.
Segundos depois de clicada, ela partiu. As interpretações são livres.
"Se uma gaivota viesse
trazer-me o céu de Lisboa
no desenho que fizesse,
nesse céu onde o olhar
é uma asa que não voa,
esmorece e cai no mar."
trazer-me o céu de Lisboa
no desenho que fizesse,
nesse céu onde o olhar
é uma asa que não voa,
esmorece e cai no mar."
Alexandre O´Neil - Gaivota
Uma imagem e as inúmeras possibilidades a serem exploradas
Neste post vou mostrar algumas de minhas experiências com fotografia e Photoshop. Conceitos simples desse programa são mais do que suficientes para corrigir imperfeições e realçar luzes e cores. Como já disse, considero plantas, frutos e flores meus modelos favoritos. Observem a imagem abaixo:
Esses simpáticos limõezinhos foram fotografados com uma lente de 200 mm. Em seguida, utilizei o Photoshop para testar variações de cores utilizando balanceamento e Gradient.
"Ars est celare artem" - A arte está em esconder a arte
segunda-feira, 8 de agosto de 2011
A história de um fotógrafo é a história de uma fotografia?
Há alguns anos obtive minha primeira câmera de 4.3 MP.
Desde então comecei a fotografar. Mas fotografar, para mim e para qualquer fotógrafo, tornou-se muito mais do que registrar imagens.
Bem cedo percebi que a mera "ação" de fotografar é oriunda da fusão entre o plástico e o mecânico (entidades desprovidas de alma e sensibilidade) de onde se erguem tabernáculos técnicos a serem explorados por seres modestamente constituídos de carne, sangue e emoções...e é exatamente a emoção, não o dedo, quem pressiona o botão da câmera.
Já ouvi dizerem que fotografar é eternizar um momento, uma realidade, um universo...que é uma concepção artística contemplativa...concordo. Mas a "arte" de fotografar é também, como toda arte, um meio pelo qual se contempla a si próprio. A si mesmo. São retângulos cheios de cores e tons onde repousam-se fragmentos das almas dos próprios fotógrafos.
Cada ângulo, cada enquadramento, a disposição da luz, a escolha da imagem, do local, do equipamento...tudo isso remete quem observa uma fotografia à uma condição única: a de travar um "diálogo silencioso" consigo mesmo e com a alma de quem lhe proporcionou este diálogo.
"Por que esta distância? Por que você escolheu este momento?"
Divagações à parte, perdido nesta condição reflexiva, deparei-me com duas de minhas primeiras fotos obtidas com a velha 4.3MP.
Decidi postá-las aqui pois marcam o momento em que decidi ser um fotógrafo. Viver de arte. Viver pela arte. E quem sabe alimentar este mundo faminto com um pouco de arte. Há quem diga que fotografar é "viagem". Estão corretos.
Hoje, todas as vezes que olho para as primeiras fotos que fiz, viajo para mim mesmo em direção àqueles anos, àquela estrutura chamada Felipe Marques. Eu me observo emocionado, orgulhoso, radiante diante de minhas primeiras experiências fotográficas...a ingenuidade de um ser que finalmente encontrou um motivo para continuar acreditando na existência do talento e no desenvolvimento da criatividade.
Afinal, o espírito humano simplesmente dirige este veículo chamado "corpo" até os confins das fronteiras físicas. O resto do caminho percorreremos com nossas asas.
"Se não houver frutos, valeu a beleza das flores; se não houver flores, valeu a sombra das folhas; se não houver folhas, valeu a intenção da semente." Henfil
Desde então comecei a fotografar. Mas fotografar, para mim e para qualquer fotógrafo, tornou-se muito mais do que registrar imagens.
Bem cedo percebi que a mera "ação" de fotografar é oriunda da fusão entre o plástico e o mecânico (entidades desprovidas de alma e sensibilidade) de onde se erguem tabernáculos técnicos a serem explorados por seres modestamente constituídos de carne, sangue e emoções...e é exatamente a emoção, não o dedo, quem pressiona o botão da câmera.
Já ouvi dizerem que fotografar é eternizar um momento, uma realidade, um universo...que é uma concepção artística contemplativa...concordo. Mas a "arte" de fotografar é também, como toda arte, um meio pelo qual se contempla a si próprio. A si mesmo. São retângulos cheios de cores e tons onde repousam-se fragmentos das almas dos próprios fotógrafos.
Cada ângulo, cada enquadramento, a disposição da luz, a escolha da imagem, do local, do equipamento...tudo isso remete quem observa uma fotografia à uma condição única: a de travar um "diálogo silencioso" consigo mesmo e com a alma de quem lhe proporcionou este diálogo.
"Por que esta distância? Por que você escolheu este momento?"
Divagações à parte, perdido nesta condição reflexiva, deparei-me com duas de minhas primeiras fotos obtidas com a velha 4.3MP.
Nesta foto, eu utilizei um espelho. Ativei o macro da câmera e mudei o balanço da cor branca. Fui fotografando a àgua caindo do espelho até chegar a este resultado.
Fotografar flores e plantas me ajudou a perceber o que eu realmente gostaria de fazer a nível artístico. Flores e Plantas não são fotogênicas por causa de sua delicadeza e beleza apenas, mas também porque são "educadas". Estão sempre dispostas a posar e não ficam reclamando ou falando sem parar...
Decidi postá-las aqui pois marcam o momento em que decidi ser um fotógrafo. Viver de arte. Viver pela arte. E quem sabe alimentar este mundo faminto com um pouco de arte. Há quem diga que fotografar é "viagem". Estão corretos.
Hoje, todas as vezes que olho para as primeiras fotos que fiz, viajo para mim mesmo em direção àqueles anos, àquela estrutura chamada Felipe Marques. Eu me observo emocionado, orgulhoso, radiante diante de minhas primeiras experiências fotográficas...a ingenuidade de um ser que finalmente encontrou um motivo para continuar acreditando na existência do talento e no desenvolvimento da criatividade.
Afinal, o espírito humano simplesmente dirige este veículo chamado "corpo" até os confins das fronteiras físicas. O resto do caminho percorreremos com nossas asas.
"Se não houver frutos, valeu a beleza das flores; se não houver flores, valeu a sombra das folhas; se não houver folhas, valeu a intenção da semente." Henfil
Assinar:
Postagens (Atom)